Posts

Desafie-te tu és melhor do que os outros pensam

Violência sexual contra adolescentes em Maputo

Violência sexual contra adolescentes No âmbito do projecto ‘Maputo cidade segura livre de violência sexual’ promovido pela WLSA Moçambique, facilitei a covinte desta Organizaçao uma capacitação sobre o tema: ‘violência sexual contra a mulher’.  O evento que teve lugar  no Instituto superior Maria Mãe África (ISMMA), na cidade de Maputo, contou com cerca de 40 raparigas em idade escolar. A capacitação que teve como base a metodologia interativa, visando a maior participação das formandas, começou por definir o termo violência sexual, como sendo qualquer acto ou tentativa de obter um acto sexual sem a vontade da vítima. Podendo ser por meio de comentários ou insinuações não desejados, dirrigidos por uma pessoa usando a coersão ou uso da forca. (OMS, 2010). A violência sexual não implica necessariamente a penetração da vulva, ou ânus com o pênis ou outra parte do corpo ou objecto. Seguimos para a desmistificação sobre quem é e/ou pode ser o violador? Será um indivíduo estranho
O tempo não volta Depois de quase um ano sem escrever, decidi voltar a este maravilhoso espaço para partilhar convosco os meus pensamentos e algumas experiências que tenho vivido. Gostaria de dar boas-vindas a tod@s ao ano 2019 e dizer que coloco-me o desafio de-vos escrever semanalmente. É importante manter informado quem escolhe partilhar o seu tempo connosco. Este ano teremos muitos temas e muitas novidades. O tempo não volta porque cada dia é uma oportunidade única e irreversível, escolhemos sempre como aproveitar ou desperdiçar o nosso tempo. Duas realidades que andei pensando nos últimos tempos: 1- É difícil se manter motivad@ todos os dias. 2- É preciso saber posicionar.  Relativamente ao primeiro ponto, sabemos nós que o mundo está cada vez mas desafiador, com constantes mudanças e “concorrência”. É normal ao procurar emprego muitas portas não se abrirem para ti,  ao procurar parceiros ou concretizar um negócio não ser sucedido, ter desilusões amorosas, relacionai
Tenha coragem para fazer o que você deseja, não fique pensando no talvez, nos erros ou nos seus medos. É necessário tomar decisões para que sua vida saia conforme o seu planejamento. Seja firme e mostre que você é capaz. Muitos serão os que irão te desencorajar, enfrente os obstáculos e siga os teus passos, se não conseguires de primeira, tenha certeza que sairás com a sensação de teres tentado, e quando pensares em refazer, não cometeras os mesmos erros. Tome cuidado com quem te desincentiva, pois poderá estar para se apoderar da tua ideia para subir. Muitos são os que te dão abraço simplesmente para te espetarem a faca nas costas. Seja maduro/a enfrente o mundo e corra atrás dos teus sonhos. #AMAVconselhos
Image
Direitos humanos mulheres em Moçambique Direitos Humanos A ONU define os direitos humanos como sendo as garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões que atentam contra a integridade e a dignidade humana. Ou seja, os direitos humanos “ são os padrões básicos sem os quais as pessoas não podem viver com dignidade. Violar os direitos humanos de alguém é tratar essa pessoa como se ela ou ele não fosse um ser humano. Defender os direitos humanos é exigir que a dignidade humana de todas as pessoas seja respeitada .” ( Nancy Flowers, 2002: 16) Direitos humanos das mulheres em Moçambique De acordo com Yolanda Sitoe (2010), há necessidade de um dispositivo específico destinado à proteção dos direitos da mulher. A igualdade entre homem e mulher é um direito adquirido, defendemos que ambos têm os mesmos direitos à educação, saúde, ao trabalho, no entanto, se olharmos com atenção, veremos que existem vários problemas que provém da problem
Image
Mulher e Sociedade É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta. Se voltarmos para a história da bíblia, a mulher foi concebida como a origem do mal, a que deu o fruto proibido ao Adão e assim os dois pecaram e foram expulsos do paraíso.   Durante muito tempo a mulher foi colocada numa posição de subordina ao homem, aquela a quem competiam todas as tarefas domésticas, aquém ao seu marido devia servir com sorriso, obediência, pois ao homem, como refere Arthur (2007) lhe foi atribuído o estatuto de patrono de casa, ao qual a mulher deve total e indiscutível obediência. Entretanto, com a revolução industrial e a necessidade de mão-de-obra barata, a mulher passou a engrenar no mercado do trabalho, ainda que com a sobrecarga de tarefas domésticas.  Foi graças a essa revolução e ao movimento feminista que a mulher começou a ganhar espaço na sociedade, passando a ter direito

O medo que eu temia

Image
Ao falar da violência é comum ouvir que “as nossas mães, avós não reclamavam dos maus tratos dos maridos, aliás eram felizes ao levarem porrada” (sic). Ademais “a pessoa só é vítima a partir do momento que é dita que tal ato é criminoso… as mulheres das zonas rurais não têm a conceção sobre a violência doméstica” (sic). Tendo refletido muito sobre estas palavras, delas pude concluir 2 coisas, a primeira é que precisamos promover mais informação sobre os direitos humanos, sobretudo os direitos da mulher.  A segunda é que eu comecei a ser cada vez mais vítima a partir do momento em que comecei a pesquisar sobre o assunto da violência, sou vítima porque conheço os meus direitos, mas sou igualmente vítima porque muitos dos “agressores” estão na defensiva, têm medo do impacto que a minha atuação a nível social possa causar. As estatísticas são alarmantes, Portugal nos diz que 14 mulheres diariamente são vítimas de violência doméstica, Moçambique nos diz que 6 em cada 10 mul

"Perdeu a oportunidade de ficar calada"

Image
"Perdeu a oportunidade de ficar calada" A paradoxalidade da vida Nos últimos dias tenho me deparado com uma situação “anormal” em mim, nas minhas ações e no meu discurso. Tenho àquelas opiniões que pessoas tem dito “perdeu a oportunidade de ficar calada". O meu professor de Hermenêutica sempre nos alertou que “o silêncio é um direito, que devemos gozar”. A questão em causa está em torno de “ajudar os necessitados” Há uma paradoxalidade sobre a conceção deste tema, primeiro é difícil identificar quem realmente são os “necessitados”? São as crianças que fogem de casa e ficam na rua? São os senhores [1] que andam em metrô pedindo esmola aos passageiros, constrangendo aqueles que não o podem fazer porque não tem/podem? São os senhores que colocam disfarces, andam nas como de pobres e doentes se doentes se tratassem? São os senhores “sem abrigo” que dormem nas ruas, mesmo existindo casas de abrigo à disposição dos mesmos? Sãos os que se aproveitam de uma tempestad