Persistência ou Temosia?

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Persistência ou Teimosia?

Esta é uma questão que me veio à mente aquando a leitura alguns trechos encorajadores de Kiyosaki[1], no seu livro "Pai rico Pai pobre".
Não sei se algum dia far-me-ei entender aos meus leitores, quem visita meu blogue com frequência pode dizer que ainda não sabe qual é a minha linha de abordagem. Gostaria de poder esclarecer, mas infelizmente, nem eu conheço a minha linha, julgo ser ainda emotiva, aquela pessoa que escreve o que lhe vem a mente no dia.

Quanto aos termos persistência ou teimosia, a verdade é que estes dois conceitos têm confundido mentes de muitas pessoas, para simplificar, persistência é uma qualidade e teimosia é um defeito. Persistência significa o ato de ser firme e focado para alcançar um determinado objetivo, melhorando as técnicas que lhe possam ajudar a materializar o seu desígnio.
Por teimosia, entendo ser a maneira errada de ver a persistência, uma vez que, a pessoa foca e centra-se naquela única ideia, não deixando a possibilidade de poder aprender novas maneiras de como vê ou como faz uma determinada coisa.

Prós e contra da persistência ou teimosia, hoje?
Para quem quer ser bem-sucedido, seja na escola, na profissão, na vida conjugal e no relacionamento interpessoal, evitar a teimosia e focar-se na persistência, se revela produtivo. Muitas pessoas desistem mesmo antes de tentar. Mas o que eu aprendi e quero partilhar é que é necessário ser persistente,  nem que seja para aprender.
 Mais vale tentar, a saber que não vai dar certo, do que simplesmente ficar. Convencida da derrota ou do medo da derrota.
Mas isto não seria teimosia?
Não, porque nem sempre que jogamos vamos ganhar, às vezes vai se ao campo consciente da derrota, para prestar atenção nas táticas do adversário, de modo a aprender com as falhas e poder melhorar em outras tentativas. O conto popular nos diz que há duas maneiras de aprender, ou com os nossos erros, ou com os erros alheios. Neste caso do jogo, que pode se aplicar a qualquer outra situação, perdemos a pontuação, mas não perdemos a aprendizagem.

 Indigna-me ver jovens com alguma instrução escolar, a desistirem das suas próprias vidas, deixando de ser protagonistas da sua história. Jovens que quando sabem de alguma instituição a recrutar não vão submeter CV, alegadamente porque as vagas já têm donos, “aqui as pessoas puxam-se entre si”.

Jovens que muito reclamam, mas nada fazem para melhorar o seu futuro. Mulheres e homens que se submetem a maus tratos conjugais, pois, não têm o espírito de persistência por um emprego, uma formação que melhore a sua condição de vida.
Pessoas teimosas, e decididas “inconscientemente” a se matarem vivas, a matarem gerações vindouras.
Isto revela uma autêntica teimosia em mudar de mentalidade, e uma falta de persistência em correr atrás dos sonhos, isto é, em resumo, preguiça mental.

Como superar a teimosia e reforçar a persistência?
Ao nível de emprego, aconselho que submeta os documentos. Vá a entrevista, pode não ser admitida, mas com certeza voltará com novas experiências, aprenderá algo que ser-lhe-á útil para próxima entrevista. Uma experiência é sempre um aprendizado na nossa vida. Para quem almeja ter sucesso, deve saber que "os ganhos seguem-se às perdas... é como andar de bicicleta... as quedas fizeram parte da minha aprendizagem...elas aumentavam a minha determinação em aprender" ( Kiyosaki, 2016: 178). Não importa a quantidade dos “não” que vai levar, o importante é melhorar a sua postura e avançar para a próxima tentativa.
Frequente conferências, lê livros que lhe possam inspirar, faça relações frutíferas. Não deixe que as suas dúvidas e medos lhe fechem a mente. Aprenda a ver as coisas sob vários ângulos, não se cegue no abismo da teimosia de continuar a resistir a mudança. Preocupe-se em saber como fazer para alcançar os seus objetivos tentando novos caminhos, não se prenda ao eu não vou conseguir, não tente se justificar por decidir matar-se ainda vivo.

Para concluir, seja persistente, “a chave do sucesso está nos «não quero» ” (kiyosaki, 2016: 186). Eu não quero continuar no desemprego; eu não quero continuar a brigar no meu relacionamento; eu não quero continuar péssimo estudante, eu não quero continuar a ser humilhada no meu local de trabalho; eu não quero, eu não quero, não mais.
A fundadora do AMAV conselho, e atual administradora do blogue, não quer levar sanitas, não quer sofrer dependência financeira, não quer estar na lista dos dependentes dos parceiros, não quer continuar pobre não quer não poder visitar aquele país, não quer continuar sem dinheiro, não quer continuar teimosa, não quer continuar intolerante, não quer “morrer viva”.
Só sabendo o não quero, continuarei na persistência para alcançar o que quero. Muitas vezes o mais importante não é saber onde ir, mas evitar onde não quer ir. E isso se faz persistindo, aprendendo, saber canalizar sugestões e aplica-las de forma adequada. “todos querem ir para o céu mais ninguém quer morrer” (Kiyosaki, 2016:178). Todos querem ter uma vida feliz, risonha, querem uma boa vida, mas poucos são os que se colocam na luta para concretizar essa ambição.




[1]  KIYOSAKI, Robert T; LECHTER, Sharon L. (2016). Pai rico pai pobre: os segredos que os ricos ensinam aos seus filhos –e que a classe média desconhece”. 7. Ed., Vogais, Cuma chancela da 20|20. Portugal.

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