O medo que eu temia
Ao
falar da violência é comum ouvir que “as nossas mães, avós não reclamavam dos
maus tratos dos maridos, aliás eram felizes ao levarem porrada” (sic). Ademais “a
pessoa só é vítima a partir do momento que é dita que tal ato é criminoso… as
mulheres das zonas rurais não têm a conceção sobre a violência doméstica” (sic).
Tendo
refletido muito sobre estas palavras, delas pude concluir 2 coisas, a primeira
é que precisamos promover mais informação sobre os direitos humanos, sobretudo
os direitos da mulher.
A segunda é que eu comecei a ser cada vez mais vítima a partir do momento em que comecei a pesquisar sobre o assunto da violência, sou vítima porque conheço os meus direitos, mas sou igualmente vítima porque muitos dos “agressores” estão na defensiva, têm medo do impacto que a minha atuação a nível social possa causar.
A segunda é que eu comecei a ser cada vez mais vítima a partir do momento em que comecei a pesquisar sobre o assunto da violência, sou vítima porque conheço os meus direitos, mas sou igualmente vítima porque muitos dos “agressores” estão na defensiva, têm medo do impacto que a minha atuação a nível social possa causar.
As estatísticas são alarmantes, Portugal nos diz que 14 mulheres diariamente são vítimas de violência doméstica, Moçambique nos diz que 6 em cada 10 mulheres são vítmas de violência doméstica.
Não seria a casa um lugar de amor, paz, harmonia, proteção, companherismo entreajuda sem a competitividade que se faz sentir quando o indíduo está nos outros meios sociais?
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Chamou-me atenção o texto da Lili Loofbourow sobre “the famele price of the male pleasure”
http://theweek.com/articles/749978/female-price-male-pleasure , ao referir que a mulheres estão culturalizadas para estarem desconfortáveis na maioria das vezes e a ignorarem o seu desconforto. Desconforto este causado pelo homem no seio doméstico, “tu podes fazer tudo o que tu quiseres sobre a direitos das mulheres seja em programas televisivos ou em palestras, mas quando abres a porta de casa, isso não funciona, tu tens de ser a minha mulher, e deves fazer tudo o que eu mandar” (sic).
Meus caros leitores, tenho de vos dizer que ainda há muito para fazer neste mundo pelos direitos das mulheres. Homens, por favor, ajudem respeitem as mulheres e nos ajudem nesta luta, não continuem a oprimir as vossas companheiras, vossas irmãs.
Estou
desapontada com o comportamento dos homens perante as suas mulheres, falo sobretudo
de homens escolarizados, os conhecedores da lei. É triste o que acompanho
diariamente.
Estou
ciente que existe violência contra o homem nas relações heterossexuais intimas,
mas por favor, parem de confundir o feminismo com as agressões de mulheres
contra homens, feminismo é a luta pela a igualdade de direitos e deveres.
#AMAVconcelhos
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